ADRIANO RODRIGUES DE MORAIS
São Sebastião do Tocantins - To
Hoje é consenso que alguém indicado politicamente tem compromisso, em primeiro lugar, com aquele que o apadrinhou. Por ter sido escolhido numa relação baseada na confiança, fica mais difícil, por exemplo, um gestor escolar apoiar a comunidade em oposição a eventuais propostas de governo. Até para se manter na função, o indicado tende a suavizar eventuais críticas à Secretaria de Educação, aumentando a dependência da escola em relação aos governantes. No entanto, os defensores desse modo de escolha argumentam que o prefeito ou o governador foi eleito pelo povo. Nesse sentido, a democracia eleitoral lhes conferiu pleno direito de administra sem ser "atrapalhados" por opositores ou pessoas incompetentes . Ou seja, o debate não é tão simples e as razões de quem defende as indicações podem ir muito além de uma mera tendência autoritária.
extraido da Revista Gestão Escolar nº 7 - abril/maio 2010 .pag. 15